terça-feira, 2 de março de 2010

Eu mesma. Desabafo simples.

Depois do Carnaval a vida recomeça por aqui no Brasil. Acabam-se as férias, as aulas retornam, o trabalho reinicia com vontade e o que era “tudo carnaval” vai retornando preguiçosamente à sua rotina até alcançar novamente o ritmo frenético do final de ano.

Resolvi postar hoje. Nem sei bem o que. Apenas vim e resolvi escrever o que me desse na cabeça. Talvez seja saudade… saudade do impossível, do que não se vê, do que não está perto, do que ficou por fazer. Saudade do que passou e do que há de vir. Não entendo. Não quero explicar

Ando meio devagar quase parando. Talvez seja o cansaço. Detesto a injustiça e a mentira me irrita quando a descubro e, por ver tantas e, poder fazer tão pouco, é que talvez eu me sinta assim. Meio cheia, meio vazia. Confusa.

Sou sonhadora também. Pés no chão, nem sempre… cabeça na lua, quase sempre. Não sigo muito a lógica. Difícil fazer as contas do final do mes. Vivo encantada pela minha fé. Quero me deixar levar ao vento.

Falo muito agora. Antigamente falava menos. Não sei se era bom. Por muitas vezes me pego falando sozinha, na língua dos anjos ou na língua dos homens vou cantarolando músicas antigas, orações passadas. Quero escrever poemas de amor. Não posso. A vontade já passou.

Sei que nada vai mudar além de mim mesma. Tenho sido mais paciente comigo e com os amigos. Intolerante porém, com a vida que se torna cada vez mais injusta e mentirosa.

Ainda tenho esperanças. Não de um mundo melhor ou de uma vida mais fácil. Esperança de viver, de sonhar, de cantarolar, de olhar nos olhos dos que andam comigo e caminham ora sorrindo ora chorando. Esperança de deitar e dormir em paz. Ter a sensação de dever cumprido e saber que ainda dá pra ser útil de alguma forma.

Vida. Graça de Deus.

Flavia - euzinha