sábado, 30 de outubro de 2010

Uma luz no final do túnel

Para as mulheres que sofrem de Tensão Pré-Menstrual (TPM) duas palavras de esperança.

A Dra. Thelma Lovick, da University of Birmingham, está estudando em ratas de laboratório o efeito de doses baixas do antidepressivo Prozac (fluoxetina) - apenas 2mg de fluoxetina, logo no início dos dias em que os sintomas da  TPM aparecem.

No início do ciclo menstrual os níveis de progesterona vão aumentando para preparar o útero para receber o ovo. Se o óvulo não é fertilizado, os níveis de progesterona caem. É quando começam os sintomas da TPM, por volta do início da segunda metade do ciclo menstrual. Um dos metabólitos da progesterona é a alopregnenolona (ALLO), a qual inibe a atividade do circuito cerebral envolvido no controle das emoções. Quando os níveis de ALLO caem, como ocorre durante o período pré-menstrual, esta inibição é reduzida e os sintomas da TPM aparecem. A ALLO geralmente produz efeitos calmantes. No presente estudo, doses baixas de fluoxetina foram testadas para aumentar os níveis de ALLO, evitando o desencadeamento do aparecimento dos sintomas da TPM.

Tudo ainda está em estudo e a Dra. Telma diz que o tratamento parece não funcionar para uma pequena parcela de mulheres (3 ou 4%) que sofrem de uma condição psiquiátrica conhecida como Desordem Disfórica Pré-Menstrual (DDPM), deduzindo-se que TPM e DDPM não significam a mesma coisa, como pensam alguns.

Resta então às mulheres que deste mal sofrem - TPM - aguardar com esperança os resultados da pesquisa em seres humanos. Ou então, para que permaneçam sociáveis durante seus períodos pré-menstruais e não sintam vontade de estrangular seus companheiros por qualquer razão, a minha sugestão é de que permaneçam grávidas o máximo de tempo possível, evitando desta forma a queda acentuada dos níveis de progesterona e consequentemente dos níveis de ALLO.

PS: a última parte é brincadeirinha, viu colegas?

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

JESUS X POLÍTICA

No tempo de Jesus existiam diversos “partidos” políticos, como, por exemplo, os saduceus que eram considerados os colaboracionistas com o poder atual i.e. os romanos. Havia também os zelotes, os homens do punhal, de revolução. Judas era um deles.

A respeito dos lideres políticos, notamos que Jesus chamou o Rei Herodes de “raposa” (Lc 13,32, e tinha uma olhar crítico sobre os governantes (Lc 22,25). Assim de um lado temos Judas como apostolo sendo um zelote. Cristo purificou o Templo; existiam armas entre os discípulos em Getsemani.

Mas, de outro lado, Mateus, também apostolo, tinha colaborado com o sistema vigente coletando impostos que sustentavam a dominação. Jesus condenou o uso da violência (cf. Mt 5,39 ss). Tudo indica que a doutrina de Jesus era uma atitude realista. Sobre a guerra diz (Lc 14,31): “Qual é o rei que, indo à guerra a pelejar contra outro rei, não se assenta primeiro a tomar conselho sobre se com dez mil pode sair ao encontro do que vem contra ele com vinte mil”, etc.? Ou sobre a administração (16,1-7): “Havia certo homem rico, o qual tinha um mordomo; e este foi acusado perante ele de dissipar os seus bens”, etc. Ou sobre a questão da justiça (18,1-5): “Havia numa cidade certo juiz, que nem a Deus temia, nem respeitava o homem”, etc. E também disse a Pilatos que seu poder vinha de Deus (Jo 19,11).

O teólogo alemão Schnackenburg escreve: “Se Jesus viu as injustas condições sociais e políticas de seu tempo, não se escandalizou diante delas e tentou remediá-las? Teria Jesus exposto ao lado de sua ética individual, outra ética social, a qual para nós se nos apresenta sobremaneira importante?”

“Conforme os textos do NT deve-se responder negativamente, pelo menos no sentido de uma ética social direta. É uma grotesca incompreensão considerar a Jesus, por suas palavras contra os ricos, como um revolucionário social; pela sua exigência de renúncia aos legítimos direitos, como um novo ordenador social (Tolstoi); pelo seu preceito de amor ao próximo, como um comunista; pela pregação do amor aos inimigos, com um pacifista, no sentido político da palavra; por seus ataques contra os doutores da lei, como um inimigo da ciência e da cultura.

“Todos esses unilateralismos mundanos não podem apelar para Jesus, já que todos eles desconhecem o objetivo primordial de Jesus em todas essas manifestações. Este objetivo é de ordem estritamente moral e religiosa. Jesus não se deixou comprometer de modo algum nas “questões mundanas”.

Jesus está mais preocupado com a implantação do Reino, com uma conversão de coração, a fraternidade entre os homens, em ter uma religião intimista. “Meu reino não é deste mundo”. Quer implantar uma ordem religiosa. Veja como resistiu à tentação do poder e da realeza temporal, Mt 4,2-10, (a tentação do Diabo), e Jo 6,14-15. Ele não resistiu o Pedro que queria se opor a sua morte? (Mt. 12,22 ss).

A ênfase é dada à reforma interior (Lc 6,27; 1Cor 7,17 e 29; Rm 12,2.). Disse que veio para chamar os pecadores (Mc 2,17), salvar os extraviados (Lc 19,10), oferecer sua vida como redenção (Mc 10,45; Jo 3,16; 10,10).

“Mas tudo isso significaria que a mensagem moral de Jesus não está em relação com a vida da sociedade, com a ética social, ou com as condições da vida mundana? Isso seria um erro perigoso, e com as piores conseqüências. Jesus não queria, de modo algum, separar do mundo seus discípulos e incutir-lhes, à maneira dos essênios, que se afastassem do meio de seu povo, e constituissem comunidades fechadas, regidas por um severo código moral.

“Jesus envia seus discípulos para o meio do mundo (Mt 10,16); e recomenda-lhes a tarefa de anunciar o Evangelho, primeiramente para Israel (Mt 10,5-6) e depois a todos os povos (Mt. 24,14 etc.)

Há uma visão realista. Por exemplo, a questão a respeito do tributo a César (Mc 12,13-17): deve-se pagar! E a resposta a Pilatos: todo poder vem de Deus. Sua ação diante de Herodes (Lc. 13,31-32), e a questão do serviço militar?

Podemos resumir a posição de Jesus diante do Estado desta maneira: O Estado é uma realidade dentro da existência atual. Mas não pode se absolutizar (ou se totalizar). Os discípulos de Cristo devem dar ao Estado o que necessita para sua realização como elemento da condição presente, mas deve opor-se a ele quando exigir o que é só de Deus.

Jesus está de acordo com os zelotes no reconhecer que o principal é o Reino de Deus; mas está em desacordo com eles quando afastam a existência do Estado como instituição profana (e necessária na atual situação) e proclamam a guerra santa para instaurar o Reino teocrático. Se os zelotes realizarem seu ideal, farão surgir um Estado totalitário, muito mais perigoso ainda. Não se pode formar um Estado partindo da comunidade daqueles que pregam o Reino de Deus.

Pe. Luís Kircher

Fonte: http://www.catequisar.com.br/texto/materia/fe/81.htm

terça-feira, 3 de agosto de 2010

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Roupa Nova - Coração Pirata

Quando a paixão não dá certo
Não há porque me culpar
Eu não me permito chorar
Já não vai adiantar
E recomeço do zero sem reclamar...
...

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Pensamento

O amor recebe sua definição singela, clara, verdadeira e absoluta em I Coríntios 13. O amor é uma escolha, uma opção, uma decisão racional. Seu valor é inestimável o que o torna gratuito e inegociável. Quem ama não cobra, pede troco, retorno, reconhecimento ou recompensa. O que passar disso pode ser chamado do que melhor couber na situação: educação, consideração, barganha, troca de favores, gentileza ou outro nome qualquer. Amor não tem vestido, nem acessório. Ele é, por si só, a pedra mais preciosa da vida que temos para dar ou receber. Sem anseios, culpas, medos, ou angustias de errar.

Flavia Fernandes

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Testamento Vital - Pense Nisto

CFM prepara documento para garantir dignidade na morte.


ELIANE BRUM
ebrum@edglobo.com.br

Jornalista, escritora e documentarista. Ganhou mais de 40 prêmios nacionais e internacionais de reportagem. É autora de Coluna Prestes – O Avesso da Lenda (Artes e Ofícios), A Vida Que Ninguém Vê (Arquipélago Editorial, Prêmio Jabuti 2007) e O Olho da Rua (Globo).


Nos dias 26 e 27 de agosto, o Conselho Federal de Medicina (CFM) realiza em São Paulo um evento que poderá ser um marco na humanização não só da saúde, mas da vida: médicos e juristas vão discutir a criação do testamento vital. Previsto em vários países do mundo, o documento expressa o desejo do paciente diante de uma doença sem possibilidade de cura.

Enquanto está consciente, a pessoa determina, por escrito e com testemunhas, quais são os limites do seu tratamento. Tem, assim, a possibilidade de encerrar sua vida com autonomia, respeito e dignidade. Como um ser humano ativo. E não como um objeto passivo amarrado a tubos numa unidade de terapia intensiva – sozinho, sem voz e sem afeto.

Explico melhor dando meu próprio exemplo. Tenho um pacto com meu irmão do meio. Quem sobreviver terá a responsabilidade de garantir o cumprimento da vontade do outro no encerramento de sua vida. Para nós, é muito importante morrer com dignidade, porque entendemos que morrer é o último ato da vida. É, portanto, viver. E queremos viver até o fim com respeito e coerência, na integridade do que somos. Se for eu que tiver uma doença sem chances de cura, caberá ao meu irmão garantir que eu não sofra intervenções cirúrgicas ou invasivas. Em resumo: não quero ser submetida a exames nem procedimentos desnecessários. Aquilo que hoje é chamado de “tratamento desproporcional” ou “obstinação terapêutica”.

Da equipe de saúde, espero que cuide para que eu me mantenha consciente, não sinta dor física e tenha o maior conforto possível até que minha hora chegue – nem prolongada nem abreviada. Pretendo aproveitar o tempo que me resta para revisitar minhas lembranças, conversar com aqueles que amo, acertar o que tiver de acertar. Quero morrer de preferência na minha casa, perto das pessoas importantes. Se possível, contando histórias da minha vida. Se por algum motivo estiver inconsciente, que alguém conte histórias para mim, coloque as músicas que eu gosto, leia os trechos de meus livros preferidos, ria e chore lembrando da melhor vida que pude ter. Se tiver que ser num hospital, só aceito encerrar minha vida numa enfermaria de cuidados paliativos.

Esta é a minha vontade. E tenho convicção de que só eu posso decidir sobre como quero me despedir da vida no caso de uma doença sem cura. Apesar da clareza da minha decisão, mesmo que eu escreva um documento, assine, arrole testemunhas e registre em cartório, não há hoje nenhuma garantia de que eu seja respeitada no meu desejo de morrer com dignidade – coerente com o que é dignidade para mim.

Diferentemente de outros países, como Estados Unidos, Uruguai e várias nações europeias, no Brasil o testamento vital ainda não existe na legislação. Assim, caso eu hoje tenha uma doença que se revele incurável, corro o risco de morrer sozinha, amarrada aos tubos de uma UTI, naquilo que para mim é uma cena de filme de terror e contraria minhas crenças mais profundas. Basta que o médico decida que é dono da minha vida ou, pior, que sabe o que é melhor para mim. E, pronto, estou condenada à morte que nunca quis.

O respeito à dignidade da vida humana é a preocupação que motiva o Conselho Federal de Medicina a promover este debate e propor a criação do testamento vital. O documento poderá nos dar a garantia de sermos respeitados também no último ato de nossas vidas. O psiquiatra espanhol Diego Gracia, um dos maiores nomes da bioética mundial, está entre os conferencistas convidados a debater a questão em agosto.
Para nos ajudar a compreender a importância do debate que se inicia publicamente no Brasil, entrevistei para esta coluna o cardiologista José Eduardo de Siqueira, 68 anos, doutor em medicina, professor de clínica médica e bioética da Universidade Estadual de Londrina e membro da comissão de cuidados paliativos do Conselho Federal de Medicina. Eles nos fala sobre o que está em jogo na discussão do testamento vital. E também sobre a paisagem na qual este debate se desenrola.

É uma conversa sobre os limites e equívocos da medicina, a deficiência do currículo das faculdades e a premência de se formar um novo médico – um que trate não as doenças das pessoas, mas as pessoas com doenças. José Eduardo de Siqueira, um médico com larga formação humanista, nos mostra que o testamento vital não é apenas um documento, mas uma discussão profunda sobre o que é ser médico e o que é ser paciente, sobre a morte e, principalmente, sobre a vida.

Leia a reportagem na íntegra - Revista ÉPOCA

domingo, 11 de julho de 2010

Considerações sobre Saúde/Doença

As concepções a respeito de saúde/doença estão inseridas no contexto cultural dos diferentes grupos que compõe a sociedade , e dessa forma, possuem características muito particulares. Há uma grande diferença entre o entendimento do paciente sobre sua doença e a concepção do profissional da saúde sobre a mesma doença, por isso é fundamental o estudo das diversas representações quanto à doença . O médico deve sempre estar atento à forma pela qual o paciente fala de sua doença, como ele a percebe e ainda o que ele espera tanto do exame físico como do diagnostico, pois este relato será determinante para a avaliação dos sintomas e o acerto tanto no diagnóstico como no tratamento. Ou seja a interação médico/paciente é essencial para o retorno mais rápido deste ultimo ao seu estado prévio de saúde.

A doença constitui fenômeno social por excelência, que supera em muito os limites biológicos do corpo, dessa forma há necessidade, por parte do profissional na sua prática cotidiana, do conhecimento das diferenças existentes entre os mais variados segmentos sociais sobre as suas representações a respeito da saúde/doença .

A política de saúde mental que vem sendo sustentada no Brasil nos dias de hoje é percebida em primeiro lugar pelo desvio de recursos financeiros públicos para as casa de saúde privadas, pela baixa remuneração dos profissionais, pela precária assistência psiquiátrica , e ainda pela política de “internações dos pacientes”.

A demanda crescente de atenção ambulatorial em saúde mental exige mais do que a ampliação ou reorganização da oferta de serviços, é preciso cada vez mais colocar em discussão uma nova visão de tratamento, através das alternativas terapêuticas. Portanto, atualmente, uma das metas prioritárias no campo de assistência psiquiátrica deve ser a reversão deste quadro, priorizando a reforma dos hospitais psiquiátricos da rede pública no sentido de alcançar um melhor atendimento à população, trazendo para os hospitais públicos uma nova visão por parte da opinião pública e resgatando tanto clientes como profissionais da situação de desrespeito e miséria em que se encontram.

Enquanto alternativa terapêutica, a internação deve ser transitória e de caráter excepcional. É importante a percepção de que os locais de internação (hospitais psiquiátricos) não cumprem o objetivo terapêutico, e em sua maioria, os quadros clínicos prescindem de internação, podendo ser tratados ambulatorialmente, e ainda , que para a maioria da população a internação e o mal atendimento ambulatorial faz com que o quadro da saúde mental seja cada vez mais de sofrimento crônico.

É preciso pensar a nova proposta do atendimento extra-hospitalar nos ambulatórios e nos centros de saúde , que deve ser priorizada e enfatizada. A política de saúde progressista, que visa atender as necessidades da população das camadas menos privilegiadas, deve reconhecer o direito dessa população em receber um atendimento adequado através de um maior número de procedimentos e técnicas psicoterápicas, assim como medicamentos, que assegurem tanto a manutenção como a recuperação dos níveis de saúde.

Além disso é importante também, que haja um melhor critério de avaliação e posicionamento dos médicos tanto frente ao papel da indústria farmacêutica, detentora do controle do desenvolvimento tecnológico e de sua pressão sobre os profissionais da saúde , como também diante da massificação das propagandas dos medicamentos não só junto aos profissionais mas também junto à população .

O médico deve sempre procurar atuar ultrapassando os limites da instituições de saúde, visando sempre prevenir os transtornos mentais, e quando necessária a terapêutica medicamentosa, nos casos mais graves, avaliar bem detalhadamente a prescrição do uso dos psicofármacos, levando sempre em conta o discurso do paciente: é necessário que o profissional de saúde esteja sempre pronto a ouvir e conhecer a história do paciente, perceber na sua fala a complexidade e riquezas próprias, conhece-lo melhor para que possa chegar a um diagnóstico adequado ( isto deve ser levado em conta não só na área da saúde mental como em toda a área de saúde).


Regina Fernandes - Psicanalista Clínica

sábado, 3 de julho de 2010

domingo, 9 de maio de 2010

Dúvidas sobre a H1N1 - Calendário de vacinação

Calendário de vacinação contra gripe a influenza H1N1 2010,

Segue a lista com as datas para que os grupos de pessoas sejam devidamente imunizados contra o vírus H1N1.

• Dia 08 de Março a 19 de Março – Profissionais de Saúde e Indígenas
• Dia 22 de Março a 21 de Maio – Gestantes.
• Dia 22 de Março a 02 de Abril – Doentes Crônicos, exceto idosos e crianças de 06 meses a 02 anos.
• Dia 05 de Abril a 23 de Abril – Jovens de 20 a 29 anos.
• Dia 24 de Abril a 07 de Maio – Idosos com mais de 60 anos com doenças crônicas.
• Dia 10 de Maio a 21 de Maio – Pessoas de 30 a 39 anos.

Especialistas tiram dúvidas sobre a vacina

1. A vacina H1N1 contém mercúrio — a segunda substância mais perigosa do planeta depois do urânio. O veneno de uma cascavel é menos perigoso que o mercúrio. A substância em outras vacinas está ligada à epidemia de autismo entre crianças.

Especialistas: há um derivado do mercúrio na vacina, o timerosal, usado para conservar o medicamento. Como a quantidade é pequena, não há registros de danos ao corpo. O Ministério da Saúde recomenda que pessoas alérgicas à substância consultem um médico. Pesquisas recentes não confirmam associação entre a substância e o autismo.

2. Ela contém esqualeno, uma substância que quando injetada no corpo pode fazer o sistema imunológico humano voltar-se contra si mesmo!

Especialistas: assim como o derivado de mercúrio, o esqualeno é um componente comum em vacinas. Segundo o Ministério da Saúde, ele é um complemento alimentar retirado do fígado do tubarão e não oferece risco para o sistema imunológico.

3. Ela contém células de câncer de animal que pode provocar câncer nas pessoas!

Especialistas: não há esse tipo de células na vacina. Usou-se células animais em vacinas que estão saindo do mercado, como a antirrábica, mas sem nenhuma relação com câncer.

4. O governo federal não está confiante quanto à segurança da vacina H1N1, é por isso que foi dada às indústrias farmacêuticas imunidade contra ações judiciais. Isto significa que se seu filho ou esposa ficar inválido ou morrer por causa da vacina H1N1, você não poderá processar a indústria farmacêutica que fez a vacina.

Especialistas: quando há dúvida sobre uma medicação, ela não é liberada. O Ministério da Saúde não assinou nenhum termo de imunidade judicial com empresas. Elas são responsáveis pelos produtos que fabricam.

5. A entrada no mercado da vacina foi acelerada, o que significa que todos os efeitos colaterais a médio e longo prazo não são conhecidos.

Especialistas: a entrada foi acelerada, mas isso não quer dizer que a vacina não seja segura. A medicação é semelhante à usada na prevenção da gripe comum. A principal diferença é que o vírus morto usado é o do H1N1.

6. Em 1976 o instituto médico afirmou que havia uma situação crítica relativa à gripe suína. As pessoas começaram a morrer ou ficaram inválidas após tomarem a vacina contra a gripe suína.

Especialistas: na ocasião, houve casos de gripe A entre recrutas americanos. Eles tomaram a vacina e, em alguns casos, houve complicações, interrompendo a campanha. O que se ressalta é que a vacina de hoje não é a mesma e não tem registros de problemas até agora.

7. As estatísticas e os fatos estão sendo manipulados para provocar pânico! O número de pessoas que supostamente estão com o H1N1 são somente estimativas, não números reais. Os testes usados para o H1N1 não são aprovados pela FDA (Agência de Drogas e Alimentos dos Estados Unidos), e esses testes não são confiáveis.

Especialistas: ao contrário, médicos e outros profissionais da saúde tentam amenizar o medo da população, ressaltando que a gripe A é apenas uma variação da gripe comum.

8. De acordo com as declarações dos Centros de Controle de Doenças, Agência de Drogas e Alimentos e da Organização Mundial da Saúde (OMS), o H1N1 é uma doença moderada da qual muitas pessoas se recuperam em uma semana sem medicação.

Especialistas: a maioria das pessoas que adoecem realmente se recuperam bem. A vacinação tenta impedir que os grupos considerados de risco, como as gestantes, tenham prejuízos à saúde, como ocorreu no inverno passado.

Fontes: Ministério da Saúde, infectologista Gustavo de Araújo Pinto e a doutora em microbiologia Andréa de Lima Pimenta.

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Vacina H1N1 e contra gripe comum - A vez dos idosos

Atenção idosos das regiões Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste: você já podem se vacinar contra Influenza H1N1. Já a vacinação contra gripe comum para idosos com doenças crônicas começará somente a partir do dia 08/05.

Fiquem atentos à data!

domingo, 18 de abril de 2010

Direita X Esquerda


Emir Sader

Diante de alguns argumentos que ainda subsistem sobre o suposto fim da divisão entre direita e esquerda, aqui vão algumas diferenças. Acrescentem outras, se acharem que a diferença ainda faz sentido.






Direita
: A desigualdade sempre existiu e sempre existirá. Ela é produto
da maior capacidade e disposição de uns e da menor capacidade e menor disposição de outros. Como se diz nos EUA, “não há pobres, há fracassados”.

Esquerda: A desigualdade é um produto social de economias – como a de mercado – em que as condições de competição são absolutamente desiguais.

Direita: É preferível a injustiça, do que a desordem.

Esquerda: A luta contra as injustiças é a luta mais importante, nem que seja preciso construir uma ordem diferente da atual.

Direita: É melhor ser aliado secundário dos ricos do mundo, do que ser aliado dos pobres.

Esquerda: Temos um destino comum com os países do Sul do mundo, vitimas do colonialismo e do imperialismo, temos que lutar com eles por uma ordem mundial distinta.

Direita: O Brasil não deve ser mais do que sempre foi.

Esquerda: O Brasil pode ser um país com presença no Sul do mundo e um agente de paz em conflitos mundiais em outras regiões do mundo.

Direita: O Estado deve ser mínimo. Os bancos públicos devem ser privatizados, assim como as outras empresas estatais.

Esquerda: O Estado tem responsabilidades essenciais, na indução do crescimento econômico, nas políticas de direitos sociais, em investimentos estratégicos como infra-estrutura, estradas, habitação, saneamento básico, entre outros. Os bancos públicos têm um papel essencial nesses projetos.

Direita: O crescimento econômico é incompatível com controle da inflação. A economia não pode crescer mais do que 3% a ano, para não se correr o risco de inflação.

Direita: Os gastos com pobres não têm retorno, são inúteis socialmente, ineficientes economicamente.

Esquerda: Os gastos com políticos sociais dirigidas aos mais pobres afirmam direitos essenciais de cidadania para todos.

Direita: O Bolsa Família e outras políticas desse tipo são “assistencialismo”, que acostumam as pessoas a depender do Estado, a não ser auto suficientes.

Esquerda: O Bolsa Família e outras políticas desse tipo são essenciais, para construir uma sociedade de integração de todos aos direitos essenciais.

Direita: A reforma tributária deve ser feita para desonerar aos setores empresariais e facilitar a produção e a exportação.

Esquerda: A reforma tributária deve obedecer o principio segundo o qual “quem tem mais, paga mais”, para redistribuir renda, com o Estado atuando mediante políticas sociais para diminuir as desigualdades produzidas pelo mercado.

Direita: Quanto menos impostos as pessoas pagarem, melhor. O Estado expropria recursos dos indivíduos e das empresas, que estariam melhor nas mãos destes. O Estado sustenta a burocratas ineficientes com esses recursos.

Esquerda: A tributação serva para afirmar direitos fundamentais das pessoas – como educação e saúde publica, habitação popular, saneamento básico, infra-estrutura, direitos culturais, transporte publico, estradas, etc. A grande maioria dos servidores públicos são professores, pessoal médico e outros, que atendem diretamente às pessoas que necessitam dos serviços públicos.

Direita: A liberdade de imprensa é essencial, ela consiste no direito dos órgãos de imprensa de publicar informações e opiniões, conforme seu livre arbítrio. Qualquer controle viola uma liberdade essencial da democracia.

Esquerda: A imprensa deve servir para formar democraticamente a opinião pública, em que todos tenham direitos iguais de expressar seus pontos de vista. Uma imprensa fundada em empresas privadas, financiadas pela publicidade das grandes empresas privadas, atende aos interesses delas, ainda mais se são empresas baseadas na propriedade de algumas famílias.

Direita: A Lei Pelé trouxe profissionalismo ao futebol e libertou os jogadores do poder dos clubes.

Esquerda: A Lei Pelé mercantilizou definitivamente o futebol, que agora está nas mãos dos grandes empresários privados, enquanto os clubes, que podem formar jogadores, que tem suas diretorias eleitas pelos sócios, estão quebrados financeiramente. A Lei Pelé representa o neoliberalismo no esporte.

Direita: O capitalismo é o sistema mais avançado que a humanidade construiu, todos os outros são retrocessos, estamos destinados a viver no capitalismo.

Esquerda: O capitalismo, como todo tipo de sociedade, é um sistema histórico, que teve começo e pode ter fim, como todos os outros. Está baseado na apropriação do trabalho alheio, promove o enriquecimento de uns às custas dos outros, tende à concentração de riqueza por um lado, à exclusão social por outro, e deve ser substituído por um tipo de sociedade que atenda às necessidades de todos.

Direita: Os blogs são irresponsáveis, a internet deve ser controlada, para garantir o monopólio da empresas de mídia já existentes. As chamadas rádios comunitárias são rádios piratas, que ferem as leis vigentes.

Esquerda: A democracia requer que se incentivo aos mais diferentes tipos de espaço de expressão da diversidade cultural e de opinião de todos, rompendo com os monopólios privados, que impedem a democratização da sociedade.

Por Emir Sader.


Editado por Jussara Seixasem

terça-feira, 2 de março de 2010

Eu mesma. Desabafo simples.

Depois do Carnaval a vida recomeça por aqui no Brasil. Acabam-se as férias, as aulas retornam, o trabalho reinicia com vontade e o que era “tudo carnaval” vai retornando preguiçosamente à sua rotina até alcançar novamente o ritmo frenético do final de ano.

Resolvi postar hoje. Nem sei bem o que. Apenas vim e resolvi escrever o que me desse na cabeça. Talvez seja saudade… saudade do impossível, do que não se vê, do que não está perto, do que ficou por fazer. Saudade do que passou e do que há de vir. Não entendo. Não quero explicar

Ando meio devagar quase parando. Talvez seja o cansaço. Detesto a injustiça e a mentira me irrita quando a descubro e, por ver tantas e, poder fazer tão pouco, é que talvez eu me sinta assim. Meio cheia, meio vazia. Confusa.

Sou sonhadora também. Pés no chão, nem sempre… cabeça na lua, quase sempre. Não sigo muito a lógica. Difícil fazer as contas do final do mes. Vivo encantada pela minha fé. Quero me deixar levar ao vento.

Falo muito agora. Antigamente falava menos. Não sei se era bom. Por muitas vezes me pego falando sozinha, na língua dos anjos ou na língua dos homens vou cantarolando músicas antigas, orações passadas. Quero escrever poemas de amor. Não posso. A vontade já passou.

Sei que nada vai mudar além de mim mesma. Tenho sido mais paciente comigo e com os amigos. Intolerante porém, com a vida que se torna cada vez mais injusta e mentirosa.

Ainda tenho esperanças. Não de um mundo melhor ou de uma vida mais fácil. Esperança de viver, de sonhar, de cantarolar, de olhar nos olhos dos que andam comigo e caminham ora sorrindo ora chorando. Esperança de deitar e dormir em paz. Ter a sensação de dever cumprido e saber que ainda dá pra ser útil de alguma forma.

Vida. Graça de Deus.

Flavia - euzinha

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Cirurgia do Fabio foi um sucesso - graças a Deus!!!

Obrigada primeiramente a Deus e depois a todos os que oraram, deram força, cooperaram financeiramente ou fizeram qualquer outra coisa pelo Fabio.
Correu tudo bem na ciurgia e ele está passando bem.

Meu especial obrigada a Benta, verdadeiro exemplo de amor cristão em ação.

Somente Deus poderá recompensar a todos os parentes e amigos pelo apoio e carinho.

Deus os abençoe!!!

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Clarice Lispector

Clarice Lispector (Tchetchelnik Ucrânia 1925 - Rio de Janeiro RJ 1977) passou a infância em Recife e em 1937 mudou-se para o Rio de Janeiro, onde se formou em direito. Estreou na literatura ainda muito jovem com o romance Perto do Coração Selvagem (1943), que teve calorosa acolhida da crítica e recebeu o Prêmio Graça Aranha.

Em 1944, recém-casada com um diplomata, viajou para Nápoles, onde serviu num hospital durante os últimos meses da Segunda Guerra. Depois de uma longa estada na Suíça e Estados Unidos, voltou a morar no Rio de Janeiro. Entre suas obras mais importantes estão as reuniões de contos A Legião Estrangeira (1964) e Laços de Família (1972) e os romances A Paixão Segundo G.H. (1964) e A Hora da Estrela (1977).

Clarice Lispector começou a colaborar na imprensa em 1942 e, ao longo de toda a vida, nunca se desvinculou totalmente do jornalismo. Trabalhou na Agência Nacional e nos jornais A Noite e Diário da Noite. Foi colunista do Correio da Manhã e realizou diversas entrevistas para a revista Manchete. A autora também foi cronista do Jornal do Brasil. Produzidos entre 1967 e 1973, esses textos estão reunidos no volume A Descoberta do Mundo.

Escreve a crítica francesa Hélène Cixous: "Se Kafka fosse mulher. Se Rilke fosse uma brasileira judia nascida na Ucrânia. Se Rimbaud tivesse sido mãe, se tivesse chegado aos cinqüenta. (...). É nessa ambiência que Clarice Lispector escreve. Lá onde respiram as obras mais exigentes, ela avança. Lá, mais à frente, onde o filósofo perde fôlego, ela continua, mais longe ainda, mais longe do que todo o saber".

Fonte: Pensador