“The success of ICU is not to be measured only by the statistics of survival, as though each death were a medical failure. It’s to be measured by the quality of lives preserved or restored and by the quality of the dying of those in whose interest it is to die, and by the quality of human relationship involved in each care.”
(Dunstan G.R. Hard questions in Intensive Care. Anesthesia 1985;40: 479-82)

Fora de possibilidades terapêuticas... Quem nunca ouviu estas palavras? Quantos de nós, que lidamos com doentes críticos, nunca nos deparamos com situações onde a cura não mais era possível? A ausência de cura, terminalidade, não implica necessariamente na perda instantânea da vida. Nem justifica o afastamento e o distanciamento do médico nestas horas tão difíceis. Horas difíceis também para o médico. Muito difíceis. Quantos de nós somos solidários, amigos dos nossos pacientes além de médicos apenas? Ser amigo, mostrar compaixão, pode curar as "dores da alma".
Basta ao intensivista ser excelente médico do ponto de vista tecnicista?
(Flavio Monteiro - AMIB-lista)