segunda-feira, 6 de julho de 2009

Vital Brasil

Médico e cientista brasileiro. Descobriu a especificidade do soro antiofídico e desenvolveu soros específicos contra picadas de aranha. Cognominado "o Pasteur brasileiro".

Não foi o inventor ou o criador do soro antiofídico, como algumas fontes de consulta informam. O inventor do soro antiofídico foi o médico francês Albert-Léon-Charles Calmette (1863-1933), através de pesquisas realizadas em Saigon (Indochina) e complementadas no Instituto Pasteur em Paris [Calmette, L.C.A. The treatment of animals poisoned with snake venom by the injection of anti-venomous serum. The Lancet, 1896, 2: 449-450].

Vital Brazil foi o pioneiro no Brasil na pesquisa dos efeitos dos venenos de cobras e na produção de soros antiofídicos.
Após graduar-se em Medicina, especializou-se em pesquisa clínica no Instituto Pasteur em Paris.
Em 1897 ingressou no Instituto Bacteriológico de São Paulo, sob a direção de Adolfo Lutz.
Em 1889, por sugestão de Lutz, o governo do estado de São Paulo criou o Instituto Soroterápico na Fazenda Butantan e convidou Vital Brazil para sua direção, dando origem ao atual Instituto Butantan (oficializado em 1901).

Nessa época, predominavam os estudos do francês Calmette, baseados em cobras Naja, inexistentes no Brasil. Calmette acreditava que o soro obtido do veneno da Naja fosse polivalente, atuando contra qualquer espécie de serpente.
Vital Brazil, entretanto, constatou que o soro de Calmette não surtia efeito em animais contaminados com o veneno da jararaca e da cascavel, concluindo que o soro anti-peçonhento deveria corresponder a um tipo de cobra específica.

Em 1901 produziu as primeiras ampolas e iniciou a publicação de suas descobertas em revistas científicas. Em 1903, Vital Brazil recebeu a sua primeira consagração pública no 5º Congresso Brasileiro de Medicina e Cirurgia, no Rio de Janeiro.

Em 1919, o cientista pediu afastamento do Instituto Butantan por não concordar com interferências políticas em seu trabalho. Transferiu-se para Niterói, no Rio de Janeiro, onde instalou seu próprio laboratório, o Instituto Vital Brazil, o qual tornou-se uma importante empresa privada de pesquisa e produção de produtos veterinários, biológicos (soros e vacinas) e farmacêuticos.

O Instituto Vital Brazil também oferecia bolsas de pesquisa para estudantes, editava duas revistas científicas e tinha uma biblioteca especializada.

Em 1924, Vital Brazil voltou à direção do Instituto Butantan, mas em 1927 deixou-o definitivamente, permanecento no seu instituto no Rio de Janeiro até o seu falecimento.

Dentre as obras de Vital Brasil destacam-se: O Ofidismo no Brasil (1906); A Defesa contra o Ofidismo (1911), reeditado mais tarde em francês; Contribuição para o Estudo do Envenamento Ofídico (1901); Tratamento do Ofidismo (1903). Em março de 2002, toda a obra do cientista foi reunida no livro Vital Brazil: obras científicas completas, organizado por André Pereira Neto, pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz.

Vital Brazil Mineiro de Campanha faleceu no Rio de Janeiro em 1950. Também seu filho, Vital Brazil Filho, morreu em 1936, aos 32 anos de idade, em conseqüência de septicemia contraída ao realizar pesquisas com estreptococos.

Em 1957, o Instituto Vital Brazil enfrentou grave crise financeira, obrigando os herdeiros do pesquisador a vender a empresa para o Governo do Estado do Rio de Janeiro (Instituto Vital Brazil S.A.).

Na cidade de Campanha, em Minas Gerais, a casa onde o cientista nasceu (construída em 1830) é atualmente o Museu Vital Brazil, em atividade desde 1988. Para comemorar o centenário do cientista foi inaugurada, em 28 de abril de 1965, também na cidade de Campanha, uma estátua em bronze de Vital Brazil, esculpida por Amleto Benoni.

Em 1993, o Banco Central do Brasil emitiu a cédula de 10.000 cruzeiros em homenagem a Vital Brazil.

Extraído do blog: Biografias Médicas

Teoria evolucionista de Darwin


"E a terra produziu erva, erva dando semente conforme a sua espécie, e a árvore frutífera, cuja semente está nela conforme a sua espécie; e viu Deus que era bom." (Gênesis 1 : 12)

"E Deus criou as grandes baleias, e todo o réptil de alma vivente que as águas abundantemente produziram conforme as suas espécies; e toda a ave de asas conforme a sua espécie; e viu Deus que era bom." (Gênesis 1 : 21)

"E disse Deus: Produza a terra alma vivente conforme a sua espécie; gado, e répteis e feras da terra conforme a sua espécie; e assim foi." (Gênesis 1 : 24)

"Não semearás a tua vinha com diferentes espécies de semente, para que não se degenere o fruto da semente que semeares, e a novidade da vinha." (Deuteronômio 22 : 9)

"Guardarás os meus estatutos; não permitirás que se ajuntem misturadamente os teus animais de diferentes espécies; no teu campo não semearás sementes diversas, e não vestirás roupa de diversos estofos misturados." (Levítico 19 : 19)


Tendo sido tudo criado segundo a sua espécie, como o homem poderia ter evoluído do macaco?
Não haveria um pulo de uma espécie para outra?
Se a ordem de Deus era não misturar as espécies como pode o homem ter evoluído de uma espécie diferente da sua?
Estaria Deus se contradizendo?
O que os cientistas querem provar com esta teoria, que Deus não existe?
Ou se existe, estaria mentindo?

domingo, 28 de junho de 2009

Aqui está minha vida.
Esta areia tão clara com desenhos de andar
dedicados ao vento.
Aqui está minha voz,
esta concha vazia, sombra de som
curtindo seu próprio lamento
Aqui está minha dor,
este coral quebrado,
sobrevivendo ao seu patético momento.
Aqui está minha herança,
este mar solitário
que de um lado era amor e, de outro, esquecimento.

Cecília Meireles

Cecília Meireles

"Nasci no Rio de Janeiro, três meses depois da morte do meu pai, e perdi minha mãe antes dos três anos. Essas e outras mortes ocorridas na família acarretaram muitos contratempos materiais, mas ao mesmo tempo me deram, desde pequenina, uma tal intimidade com a morte que docemente aprendi essas relações entre o Efêmero e o Eterno. Em toda a vida, nunca me esforcei por ganhar nem me espantei por perder. A noção ou sentimento da transitoriedade de tudo é o fundamento da minha personalidade."

Cecília Meireles nasceu no Rio, em 7 de novembro de 1901, mesma cidade em que morreu, a 9 de novembro de 1964. A menina foi criada pela avó materna, Jacinta Garcia Benevides.

Viagem
, de Cecília Meireles, foi publicado em 1939, tendo sido premiado pela Academia Brasileira de Letras. Foi ele o primeiro grande livro reconhecido da autora. Eminentemente lírica, Cecília Meireles é, até hoje, uma das mais altas vozes da poesia brasileira – a mais espiritualizada delas. Sua poesia serve bem de antídoto à brutalidade dos tempos atuais.

Poema do amigo aprendiz

Quero ser o teu amigo. Nem demais e nem de menos.
Nem tão longe e nem tão perto.
Na medida mais precisa que eu puder.
Mas amar-te sem medida e ficar na tua vida,
Da maneira mais discreta que eu souber.
Sem tirar-te a liberdade, sem jamais te sufocar.
Sem forçar tua vontade.
Sem falar, quando for hora de calar.
E sem calar, quando for hora de falar.
Nem ausente, nem presente por demais.
Simplesmente, calmamente, ser-te paz.
É bonito ser amigo, mas confesso é tão difícil aprender!
E por isso eu te suplico paciência.
Vou encher este teu rosto de lembranças,
Dá-me tempo, de acertar nossas distâncias...

Fernando Pessoa

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Bradock


Adeus, Bradock! Você foi um bom cão guarda!

sexta-feira, 19 de junho de 2009

terça-feira, 16 de junho de 2009



Vesti meu vestido de chita
vou me levar para passear
nos cabelos alfazema
para com as estrelas dançar
pés descalços
sem pensamentos
vou colher folhas aos ventos
ver o mar de azul cantar
vou sentar naquela pedra
e esperar a noite chegar.

Regina Fernandes